~~~ MÚSICA DE MOZART ~~~
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... AQUI ...
O Poeta era apreciador de música clássica.
>>> Carlos Drummond de Andrade <<<
31 de Outubro de 1902/1987
... A minha homenagem ...
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Em 1920, a família mudou-se para Belo Horizonte e por vontade dos pais
foi tirar o curso de farmácia que ainda era ministrado em Ouro Preto.
Em 1925 acabou o curso e casou com uma das minhas primas brasileiras,
Dolores Dutra Moraes.*
Enquanto estudante, publicou alguns trabalhos, manteve contatos
com editoras e redações de jornais e frequentou tertúlias no Café Central.
Conheceu Oswaldo do Andrade, Tarsila do Amaral e Mário de Andrade,
tornou-se correspondente de Manuel Bandeira e, por toda a vida, de Mário de Andrade.
Estes relacionamentos foram essenciais para o desenvolvimento do conceito modernista.
Escola de Pharmácia de Ouro Preto - 1915 - 1931 |
Nunca exerceu farmácia e iniciou a sua vida laboral como professor, porém,
passado pouco tempo teve um convite para redator-chefe.
Passou uns anos, mudando-se de jornal para jornal.
Entretanto, foi escrevendo os poemas para a edição do seu primeiro livro.
Em 1928, publicou na revista «Antropofagia» de S Paulo este poema
«No meio do Caminho»
que teve um impacto escandaloso entre os intelectuais conservadores da época.
Foi neste ano que nasceu a sua filha Julieta, com quem manteve
ao longo da vida, uma relação muito amorosa e próxima.
Em 1930 publicou o seu primeiro livro, Alguma Poesia,
do qual fazem parte os poemas que hoje aqui publico.
Acentuadamente modernista, o livro causou grande polémica que só o favoreceu.
Em 1934, mudou-se com a família para o Rio de Janeiro, para chefiar o gabinete
do recém Ministro da Educação e Saúde, Gustavo de Capanema, seu amigo.
~~ SENTIMENTAL ~~
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«Ponho-me a escrever o teu nome
com letras de macarrão.
No prato, a sopa esfria, cheia de escamas.
E debruçados na mesa todos contemplam
este romântico trabalho.
Desgraçadamente falta uma letra,
uma letra somente,
para acabar o teu nome!
- Está sonhando? Olhe que a sopa esfria!
Eu estava sonhando...
E há em todas as consciências um cartaz amarelo:
Neste país é proibido sonhar.»
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Carlos Dummond de Andrade
O uso de situações do quotidiano...
- Poderá gostar de ler «Os Dutras» - Aqui *